As Palavras

Quando as palavras não chegam onde o sentimento acaba, quando ficam coisas cá dentro que a boca não expressa, quando a alma se sente infinita... Como posso começar a explicar que o sangue do meu coração não pará. Que por fora o detém e que fica quieto, sem asas, e lhe dão palavras. Palavras que não curam a solidão mas que tentam fazê-lo. Como posso dizer que o que quero são mãos e pernas que sintam, os espinhos dos caminhos, e sobre tudo as tuas mãos que tantas mãos tocaram e que nas minhas ficaram, e sobretudo o teu cabelo, o teu rosto, o teu corpo inteiro. Como posso dizer que o que quero é amar-te a ti só a ti...

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