As Palavras
31 julho 2009
Quando as palavras não chegam onde o sentimento acaba,
quando ficam coisas cá dentro
que a boca não expressa,
quando a alma se sente infinita...
Como posso começar a explicar que o sangue do meu coração
não pará.
Que por fora o detém
e que fica quieto, sem asas,
e lhe dão palavras.
Palavras que não curam
a solidão
mas que tentam fazê-lo.
Como posso dizer que o que quero são
mãos e pernas
que sintam,
os espinhos dos caminhos,
e sobre tudo as tuas mãos
que tantas mãos tocaram
e que nas minhas ficaram,
e sobretudo o teu cabelo,
o teu rosto,
o teu corpo inteiro.
Como posso dizer que o que quero é amar-te
a ti
só a ti...
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