Eu Li: I Am Lioness, por Dee Garcia


Lembro da primeira vez que vi esse livro no instagram da autora e fiquei louca, pois sou dessas que não pode ver uma capa muito durona e ainda mais quando a mulher é a dona de tal personalidade.


E fico mais feliz ainda em dizer que I Am Lioness não me decepcionou. Nem um pouco. Foi bem o que eu imaginei. I Am Lioness é um romance com uma boa dose de drama contado por dois pontos de vista, que talvez não seja bem o que a capa transmite, mas também vai trazer um pouco do mundo dos jogos da força bruta.

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Hazel é a Lioness, aquele que por três anos consecutivos tem defendido o cinturão das lutas ilegais de MMA pelo país. Ao seu lado estão as pessoas que ela mais confia: Bernie, Manny e Jason, aqueles que a ajudam a ser quem é e a mantem nos trilhos e focada no que precisa fazer.

Mas um encontro casual praticamente dentro do ringue vai trazer Knox para vida dela, e isso vai fazer toda a diferença, pois a garota focada, nos trilhos e essencialmente perfeito no que faz vai titubear.
"Pelo menos dez fileiras atrás da gaiola, estavam os olhos azuis mais penetrantes que eu já tinha visto em minha vida. Sua clareza cortou como uma faca afiada. Eu literalmente senti como se eu não pudesse respirar."
Gostei de muitas partes da personalidade da Hazel, mas se apaixonar nos torna menos racionais e mais sentimentais, e gostei do foco do livro ter sido esse. Hazel é o tipo de pessoa que tem o dia a dia planejado, tudo sob controle e amigos selecionados, mas quando conhece Knox quer experimentar algo diferente e esquece um pouco a razão. E mesmo que seu amigo Jordan tente ser um bloqueador do que poderia acontecer com ela e estragar o que está planejado, ela fica irredutível sobre a entrada desse novo homem em sua vida.
"Grandes dedos decorados com tinta apertaram minha mão, causando uma nova onde de arrepios rompendo imediatamente pela minha pele."
Knox é um personagem à parte que me deixou enlouquecida logo no primeiro capítulo. E não estou brincando! Se ele não te deixar ao menos um pouquinho eufórica(o) no capítulo inicial não sei como será... Por vezes achei que ele era perfeito demais para ser verdade, mas o tipo de humanidade que a Dee Garcia pôs nele me deixou embevecida por mais e mais e mais... Foi uma macumba muito da séria! hahaha
"Esse tipo de comportamento não era normal para mim. Eu não pensava sobre mulheres, não namorava muitas vezes. Relacionamentos casuais eram tudo o que eu tinha permitido em minha vida após o desastre com minha ex, então por que eu estava oscilando em uma mulher que conheci por cinco segundos, estava além de mim."
Aí ele vem e diz isso depois:
"Com aqueles olhos castanhos chocolate e aquele corpo requintadamente esculpido, Hazel Perry era uma deusa feroz e eu era apenas um mendigo de joelhos orando em seu altar pelo mínimo de atenção."
E depois mais isso:
"Nossa atração sexual estava fora de questão e eu queria que Hazel soubesse que eu não estava apenas atraído por seu corpo. Fiquei atraído por cada faceta do seu ser, tanto por dentro como por fora."
Mas também não vou ser inocente e dizer que não desconfiei dessa bondade e cadência no decorrer da narrativa e enquanto outras tretas dentro do enredo eram desenvolvidas. Porque sim, desconfiei e muito. E ainda mais que o relacionamento deles é bem incomum e dá pra desconfiar imensamente. Meu desconfiômetro estava em 97% e não abrandei até a última página.
"Recostei-me no sofá, sentado confortavelmente enquanto esperava que ela respondesse. Ela poderia ficar lá o dia todo, se quisesse. Eu a esperaria para sempre."
Mas porque isso? Pois conforme Hazel vai ser tornando um pessoa mais feliz com o aparecimento e o interesse amoroso de Knox, outras coisas vão sendo desenvolvidas, principalmente sobre o passado dela e como se tornou uma lutadora. Realmente não esperava por isso, e foi mais um ponto para a autora. Hazel tem um passado um tanto perturbador, foi uma cacetada atrás da outra e não entendo como ela conseguiu se reerguer... as inseguranças que levou para a vida adulta talvez possa ser muito de revirar os olhos para alguns, mas para mim foi muito real, e falou diretamente comigo. Sentir algo como a Hazel sente é horrível. Acredite!

Também não posso deixar de citar os personagens secundários como Bernie que apesar de ter feito uma participação especial foi incrível e essencial. Mais uma vez parabéns para a autora por ter feito um livro real como a vida é. Manny todo caladão e Jason que me irritou loucamente em cada página.

A realidade é que imaginei que esse seria meio que um livro dark ou que a autora até que pegaria um pouco pesado em algumas coisas. Mas não. Não foi nada disso. Essa leitura é mais leve do que qualquer coisa que já li. É um livro fofo até, que fala mais sobre sentimentos e como lidar com eles. Não vá achando que seja nem mesmo hot, porque as cenas são raras e as que tem são muito bem escritas. Ainda estou de boca aberta com a Dee Garcia, conquistou meu coração!

É isso. Esse primeiro volume da duologia Bloodshed foi mais do que eu imaginei. Teve uma personagem que mais do que durona também se mostrou humana e com cicatrizes que mesmo com o tempo ainda precisavam de reflexão e cura. Um mocinho que me deixou ligada por sua paciência, mas também com infinitas suspeitas, sendo que essas ainda não estão completamente desfeitas já que é uma duologia e estou aguardando a bomba explodir de verdade. Além de um vilão que me deixou com medo da humanidade (hahahaha).

Amei essa leitura. Hazel é uma mocinha que vou guardar com cuidado por ser tão intensa e voraz, e sempre que puder quero reler sobre ela e Knox. Fiquei arrebatada pelo que sentem e como se gostam, além de como a vida é um ciclo interminável de oportunidades e vida para ser vivida.
"Em um curto espaço de tempo, eu me tornei dependente de ouvir Knox diariamente. Seja por cinco minutos ou uma hora, eu desejava ouvir o som da voz dele, seu riso, a paz que ele trazia para a minha alma."


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