Dorama: My Mister/My Ahjussi (K-Drama)

 

Título: My Mister / My Ahjussi
N° de Episódios: 16
Gênero: Psicológico, vida, drama e familiar
Emissora: TVN e Netflix
Lançamento: 21/03 a 17/05/2018
Atores: IU, Lee Sun Kyun, Park So Han, Song Sae Byuk,
Lee Ji Ah, Kim Young Min 
e outros.
Roteiro: Park Hae Young
Direção: Kim Won Suk e Kim Sang Woo

Sinopse: Park Dong Hoon é um engenheiro de meia-idade, casado com a advogada Kang Yoon Hee. No entanto, sua vida não é feliz. Ele tem dois irmãos desempregados, Sang Hoon e Gi Hoon, que dependem dele. Além disso, sua esposa está secretamente tendo um caso com o CEO Do Joon Yeong, chefe júnior, e foi colega de faculdade de Dong Hoon. Um dia, Dong Hoon recebe um suborno e percebe que sua colega de trabalho, Lee Ji An, o viu. Ji An é uma jovem trabalhadora de meio período na mesma e que está afogada em dívidas e cuida sozinha da avó doente. Dong Hoon então se envolve na luta de seus irmãos para se reerguer e a rivalidade interna da empresa entre o CEO da empresa e as pessoas que se opõem a ele.


Sempre fico triste quando um drama tão bom acaba, só que com My Ajusshi, foi um sentimento assim, só que em nível máximo de não quero me desapegar. Eu estava tão envolvida nas vidas dos personagens e no que eles se transformaram que foi muito difícil dizer adeus. Só de falar já me dá vontade de dar play tudo de novo.

O escritório de engenharia Saman E&C é o local que uma boa parte do elenco principal se encontra. Dong Hoon é um homem de 40 anos, ocupante do cargo de engenheiro chefe, mas está muito insatisfeito, pois um colega mais novo da faculdade é o diretor atual dessa mesma empresa. A relação dele com Joon Young nunca foi das mais amigáveis desde que estudaram juntos, e animosidade entre eles persiste atualmente.

A assistente financeira Lee Ji An, uma jovem de apenas 20 anos, que á olhos nu parece ser uma simples funcionária, porém as experiências muito difíceis na vida a tornaram alguém introspectiva e que não liga para o mundo a sua volta. Ela tem uma avó que é surda e não consegue se locomover sozinha, e está devendo o abrigo onde esta mora e por isso precisa retirá-la para morarem juntas. E como se fosse pouco, ainda está com muitas dívidas e trabalha em vários empregos de meio período.

Com seu jeito quieto e introvertido, Lee Ji An não fala muito mais do que o necessário no trabalho, apenas faz o que precisa fazer; mas é assim que ela acaba vendo uma tramoia entre seus superiores envolvendo Dong Hoon e um outro funcionário, e aparentemente usa isso a seu favor. Descobre que o diretor Joon Young quer demitir um outro diretor por justa causa e isso acaba se voltando contra Dong Hoon.

E isso é basicamente os três primeiros episódios desse drama, que apesar do ritmo lento na forma de contar seu enredo, gradativamente nos ajuda a entender o papel de cada personagem dentro da trama. Sou suspeita, mas quando cheguei no episódio 3 já estava mais do que envolvida, tudo que eu pensava era em como tudo iria se desenrolar: se o Dong Hoon ia acabar levando a culpa de algo que não fez, se a Lee Ji An iria salvar a si mesma das dificuldades da própria vida miserável que estava levando, e o que faria com tanta informação que estava caindo no colo dela.

Não vou dizer que foi fácil aguardar 2 episódios por semana e me comichar para entender por onde o roteiro iria levar aqueles personagens. Mas uma coisa eu tinha certeza, é que eu percebi nesse drama que ás vezes nossa vida não é assim tão importante. Olhar ao redor nos faz perceber que outros estão em condições muito pior que a nossa.

Quando Ji An descobre que Yoon Hee - esposa de Dong Hoon - está o traindo, ela toma a dor tão pra si que eu me questionei porque a personagem estava se metendo em algo que não devia. Porém, a trama é tão bem desenvolvida que aos poucos a dor de cada pessoa também é importante, que estender a mão para alguém não faz minha dor ser menor. Mas Ji An não é santa, e por meios tortos e questionáveis tenta ajudar seu superior sem que ele saiba, pois se importa muito com Dong Hoon e cria um afeto muito forte por ele, mas ao estar envolvida com pessoas que tem dinheiro também consegue fazer com que seus fardos fiquem um pouco mais leves.

E é aqui que preciso comentar sobre a existência do Lee Gwang Il, um agiota que vive no pé da jovem. No começo o confundi muito com um namorado abusador, mas depois de alguns episódios isso não fazia nenhum sentido. E aos poucos o expectador vai descobrindo qual é a relação dele com a Ji An, que não é apenas baseada em dinheiro, e devo dizer que é bem chocante. A atuação do Jang Ki Yong é espetacular, apesar de dar muita raiva em vários momentos, mas toda a nuance do personagem logo dá pra notar como ele é um ator incrível, além de muito lindo.


Os irmãos do Dong Hoon. Sang Hoon é o irmão mais velho que já está na meia idade e após ser despedido do emprego acabou se divorciando e voltou a morar com a mãe. Mas isso não impede que sofra por não ter sucesso, ou que ache que a vida é só isso, Sang Hoon é um homem com um bom coração, que se importa muito com a família e que gostaria muito que a vida pudesse ser generoso com ele, mas infelizmente não teve sucesso na vida.

E também tem o irmão mais novo, Ki Hoon, que aos 20 anos de idade conseguiu dirigir um filme independente que foi um grande sucesso. Mais agora, 20 anos depois, não tem nada; nem mesmo uma proposta de emprego. E isso o deixa muito frustrado, mas junto com seu irmão mais velho acabam iniciando uma pequena empresa e assim conseguem uma renda para seguir com a vida.

Ki Hoon foi um dos personagens mais difíceis que já encontrei em dramas. Um tanto rabugento, com um gênio difícil de interagir com outros e que devido as más experiências da vida o deixou frio. Mas esse emprego vai trazer para fazer com que reencontre uma pessoa que magoou no passado, uma atriz que foi maltratada por ele, e essa mesma jovem que também está passando por momentos difíceis o ensinará sobre perseverança e a encontrar os sentimentos que existem em algum lugar dentro de si

São os momentos trabalhando juntos que Sang Hoon e Ki Hoon proporcionam muitas risadas e momentos emocionantes para o telespectador, pois não é o tipo de trabalho que alguém quem se formou em Cinema ou quem já trabalhou numa grande empresa gostaria de fazer. Trazendo muitas reflexões há a Yo Soon que é mãe desses três marmanjos. Um senhora que quer ver os filhos indo bem. Desejo de toda mãe, não é mesmo? As cenas dela foram umas das que mais me deixava com o coração apertado, mas que em outros momentos me fazia rir com o jeito doidinho e que não dá o braço a torcer, que só as mães tem.

Esses três irmãos, amigos de infância que formam o time de futebol do bairro tem encontros diários no Bar da Jung Hee, uma amiga de infância que também tem sua própria história para contar e foi outra que também rendeu muitas emoções. 


Eu considerei My Mister como um drama que fala da vida real e de como lidamos com as emoções que a vida nos dá. Uma história onde pessoas que não são fortes precisam ser e não desistem facilmente. Sobre o encontro de pessoas que não se ajudam porque tem o poder de ajudar, mas porque resolveram deixar suas próprias mazelas de lado e estender a mãos para quem também precisa, e assim encontrar forças onde não sabiam que tinham. 


Quero deixar aqui registrado um pedaço da entrevista feita na coletiva de imprensa de My Mister em que o diretor Kim Won Suk, que lindamente deu vida para essa obra e explicou o título do drama. Então o resumi em poucas palavras:

"Embora talvez pensem em "Meu Senhor" para descrever alguém que gostem como "Meu Homem", mas também pode ser usado para descrever alguém que é muito importante para nós como "Minha Mãe", "Meu Amigo", "Minha Família" ou "Meu Vizinho". Foi nisso que pensei enquanto fazia o drama. A história é basicamente sobre alguém que se torna muito importante para nós. Pessoas que não se encaixam, mas que de um modo estranho se dão bem por causa dos bons sentimentos e emoções que sentem um pelo outro."

Depois de ler essa entrevista meus olhos se abriram porque desde o começo foquei muito em como a Ji An e o Dong Hoon criaram uma relação especial, mas que também todos os outros personagens tinham o que para eles era uma relação especial e muito importante. 


Amei do começo ao fim. Muitas vezes me vi "engasgada" com sentimentos que eu não sabia definir e com emoções que eram tão ambíguas que me deixavam de mãos atadas. Mas principalmente, me ensinou muito, MUITO MESMO. E nessa final de resenha quero deixar meu muito obrigada ao Park Hae Young por ter criado um roteiro tão lindo, e muito obrigada por tê-lo guardado tão bem por 3 anos, ter esperado e amadurecido para que no tempo certo estivesse pronto para ser lançado. Agora foi o tempo certo! 

E já quero ver My Ahjussi de novo e me emocionar novamente com esses personagens tão cheios de significado e chorar compulsivamente como fiz no último episódio. E agora que o drama terminou e muitas experiências foram aprendidas, só consigo pensar em como quero que todos os personagens estejam vivendo muito felizes e com segurança. Obrigada por tudo, My Mister!

Até a próxima! ⤳

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